Mercado funerário no CE detém 476 empresas (Diário do Nordeste)

Além de produtos e serviços, a feira traz uma agenda de informação, treinamento, e cultura, com palestras e minicursos

O mercado funerário no Ceará abrange cerca de 476 empresas registradas e 100 delas estão na Capital. Para atender às demandas de qualificação e desenvolvimento do setor, o Sindicato das Empresas Funerárias do Estado do Ceará (Sefec) promove a IV Feira Funerária do Estado do Ceará e III Feira Funerária do Norte e Nordeste, que acontece até amanhã, no Centro de Eventos do Ceará (CEC). A estimativa é que, na ocasião, sejam movimentados aproximadamente R$ 15 milhões em negócios.

De acordo com o presidente do Sefec, Vicente Miguel Jales, um dos grandes diferenciais do mercado funerário do Ceará nos últimos anos é a humanização do serviço. “Há uma nova roupagem no que diz respeito à apresentação dos colaboradores, que vai desde a indumentária ao relacionamento com o cliente, que hoje é feito de forma mais leve. Estamos falando de um funcionário capacitado, que deixa de lado a imagem do papa defunto para assumir a posição de agente funerário comprometido com a situação enfrentada pela pessoa que procura o serviço”, contextualizou Vicente.

Planos e pacotes

O presidente ressalta que as empresas funerárias são responsáveis por executar todo o serviço fúnebre, que inclui o manuseio e preparação do corpo, tornando-o propício para o velório, transporte e documentação junto ao cartório. “Não se vende o caixão em si, mas sim um pacote de serviços”, diz.

Os planos de assistência familiar e cobertura funerária têm mensalidades que variam de R$ 30 a R$ 80, a depender dos serviços escolhidos, e são acionados na eventualidade do óbito. No caso da contratações fora do plano, estas podem custar R$ 1.500 ou até mesmo R$ 20.000. Vicente esclarece que o orçamento encarece à medida que o cliente opta por urnas mortuárias mais caras (existem as de R$ 5 mil), helicóptero com chuva de pétalas, profissionais de música tocando violino ou piano e outras possibilidades acessórias.

‘Cultura da morte’

“Quebraram-se paradigmas, estamos trazendo uma cultura a nível de Mercosul, Europa, de homenagear o falecido, e não de enterrar e sofrer. Queremos desmistificar o evento da morte e torná-lo uma cerimônia na qual se confraternizam, ressaltando o legado deixado pela pessoa, ajudando os familiares e amigos a se prepararem para encarar a vida, compreendendo o porquê da separação. As pessoas cumprem sua missão e partem”, defende Vicente.

Programação

A feira começou ontem e tem como principal objetivo qualificar o setor por meio do fomento de conhecimento integrado a experiências. O evento é direcionado ao segmento de empresas funerárias, cemitérios e prestadores de serviços no ramo funerário (setor de flores, peças, transportes, material gráfico e de limpeza, eventos e outros).

Segundo André Luís Macêdo, organizador da feira desde 2009 e atuante no ramo há 20 anos, a programação foca não só nos produtos, serviços e rodadas de negócios – nas quais se estima movimentação de aproximadamente R$ 15 milhões, mas também traz uma agenda de informação, treinamento, e cultura.

Ontem, houve lançamento do livro “A ida”, de Luiz Coelho Neto, um estudo psicológico histórico do fim de um jornada. Hoje e amanhã acontece um minicurso de introdução à psicologia. A programação é gratuita e contempla uma série de palestras sobre adequação fiscal, gestão de pessoas e atendimento, além de peça de teatro com quatro atores do “Cine Holliúdy”.

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/mercado-funerario-no-ce-detem-476-empresas-1.1015759